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Hard to Concentrate

30 de ago. de 2013

Após mais alguns meses de completo abandono e descaso, finalmente voltei. Algumas coisas aconteceram repentinamente e me obrigaram a deixar o blog de lado por um tempo, e neste período me afastei também de minhas redes sociais. Mas agora resolvi voltar, não sei por quanto tempo ficarei, não sei qual será o futuro do blog, mas gostaria de agradecer a todos que visitaram e deixaram comentários no STJ. Graças a vocês, depois de mais de um ano finalmente cheguei a marca de dez mil visualizações! Enfim, obrigada pelo apoio, obrigada por tudo. Caso queiram me encontrar em outras redes sociais para trocarmos experiências é só visitar a página "Contato". Até mais. 
L. Silva.




Era um ser estranho e confuso
Difícil até de entender
Contrariando os seres deste mundo
Queria um amor pra viver

Tanto quis, tanto queria
Que o outro, dele fugia
Mesmo que tentasse correr
O outro sempre conseguia se esconder

E dessa brincadeira maldita
O homem foi se cansando
Decidiu esquecer o tal
Que vivia se esquivando

Com o fim dessa caçada,
A pressão diminuiu.
A caça então ficou livre
Livre para fluir.

Distraído pela rua
O pobre homem nem notou
Aproximando-se devagarzinho
Faltamente o amor lhe fisgou.


 Por: Laila Silva
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Otherside

6 de mai. de 2013



Peço desculpas por ignorar você, por te causar sofrimento, por recusar todo e qualquer contato que possa existir entre nós. Confesso que já estou cansada dessas desculpas fajutas, e dessa expressão de vergonha, desse desapontamento por não conseguir sair de meu próprio mundo. Sinto muito que as coisas tenham chegado a este ponto.
Cansei-me das promessas que faço e deixo de cumprir. Desta impotência perante um possível contato com outro ser humano. Porém não me cansei de todo desta sociopatia; seres como você ainda são repulsivos para mim. Mas creio que já está na hora de deixar esta melancolia de lado, está na hora de soltar a mão de minha genitora e seguir meu caminho sozinha.
Sozinha. Porque, querendo ou não, passamos a maior parte de nossas vidas sozinhos. Eu aceito e compreendo isto. A essência do ser humano só pode ser revelada quando este conhece a si próprio. Mas, por hora, quero – e necessito – seguir nesta estrada com uma companhia, alguém para conversar e compartilhar minhas angústias.
Por hora, peço desculpas por ser como sou, por te desapontar e gerar frustrações. Peço também um pouco de paciência. Ainda não entendi muito bem as regras deste jogo chamado vida. 




Por: Laila Silva

5

Dear Agony

30 de abr. de 2013


Bom, tenho percebido que minha forma de escrever desde que retomei o blog mudou bastante, e muito disso se deve às músicas que escuto para me trazer inspiração – a maioria delas tristes, depressivas, e que refletem o que redijo.
Enfim, reativando a tag musical, trarei para vocês hoje as músicas depressivas que mais me inspiram na hora de escrever. (Deixo claro que não me responsabilizo se alguém resolver cortar os pulsos enquanto lê esse post.)



  • No Surprises - Radiohead
Dizer o nome da banda já parece ser o suficiente para mim. Thom Yorke tem uma voz incrível, e é impossível - ao menos para mim - não se arrepiar ouvindo-o cantar. Radiohead é uma daquelas bandas das quais você nunca se cansa... E, caramba, eles são incríveis!

"No alarms and no surprises please (let me out of here)" (como não amar?)
 

  • Porcelain – Red Hot Chili Peppers
Red Hot também é uma daquelas bandas que nunca enjoam! Sou uma grande admiradora do trabalho deles, mas confesso que "Porcelain" foi uma surpresa para mim que estava acostumada a músicas agitadas e animadas, mas foi uma ótima surpresa. Primeiro: A voz de Anthony Kiedis é simplesmente emocionante. A tristeza que ela evoca é transmitida para quem ouve. E depois vem o baixo... Combinação perfeita com a guitarra e bateria... E putz, Flea é o cara! Melhor baixista da atualidade, só acho. 

"Porcelain/ are you wasting away in your skin/ are you missing the love of your kin/ nodding and melting and fading away"


  • World Behind my Wall – Tokio Hotel
Conheci a banda Tokio Hotel quando tinha uns doze ou treze anos, e foi amor a primeira vista. Mas foi só. Com o passar do tempo simplesmente me esqueci deles, mas há uns dias atrás resolvi relembrar o passado e baixar algumas músicas deles... E a primeira que me veio a cabeça foi essa mentira, foi “Darkside of the Sun”, mas whatever... Eu não sei bem o que me encanta nessa canção... Não sei se é a delicadeza de Bill Kaulitz cantando... Não sei se é o piano... Não sei se é simplesmente a saudade da pessoa que eu era quando ouvi a música pela primeira vez...

 
 "I'm ready to fall./I'm ready to crawl on my kness to know it all./I'm ready to heal./I'm ready to feel./ Take me there!"
 
 
  • ·         Astronaut – Simple Plan
    Simple Plan é uma das poucas bandas de pop rock que escuto e respeito mas só porque eles gravaram a música do Scobby-Doo. Comecei a ouvir “Astronaut” antes de voltar para casa e, caramba!, a música descrevia perfeitamente a forma como me sentia perdida e indecisa... Cada frase, cada letra... Era como se eu mesma a tivesse escrito.

    "I'm deafened by the silence/ Is it something that I've done?/ I know that there are millions/ I can't be the only one who's so disconnected/ It's so different in my head."



    •  Iridescent – Linkin Park
      Não gosto de Linkin Park. Já gostei, mas assim como Tokio Hotel, me esqueci deles e hoje em dia suas músicas só me irritam. Porém, ao contrário de mim, meu cunhado é fã deles, e depois de pegar seu cartão de memória emprestado, me peguei ouvindo suas músicas por acidente... E aí me deparei com “Iridescent”, e a letra era perfeita para mim, descreve como me sinto no momento. Sabe quando você precisa deixar os sentimentos ruins irem embora para poder se salvar? Então, é disso que a música se trata. E, caramba!, por que pianos soam tão depressivos para mim?
       

      "Do you feel cold and lost in desperation/You build up hope but failure's all you've known/ Remember all the sadness and frustration/ And let it go/ Let it go"



      P.S.: Sim, para mim essas músicas são totalmente depressivas - e inspiradoras.
8

Dia Comum

21 de abr. de 2013



Eu ligo a TV, mas não sei o que se passa. Coloco o fone de ouvido e tento encontrar alguma música que me preencha. A TV está no mudo, nem sei qual programa está passando. E ela fica lá, o dia inteiro ligada. Durante o dia conversa comigo (mas nem dou ouvidos, ela é tagarela demais). Durante a noite ilumina a sala, me mantém acordada e atenta. É uma boa companhia.
Às vezes também coloco a música no mudo. A casa parece inabitada, nenhum som sai daqui – e isso me assusta. Sinto um vento frio passar entre meus dedos dos pés, como se anunciassem a chegada de alguém. A porta dos fundos começa a ranger, um grilo passa voando pela janela da sala, e o gato branco que sempre me assusta surge repentinamente na escada, se estica todo e pula o muro, alcançando a rua e aproveitando-se de sua vida na mais completa solidão.
O silêncio me assusta. Me deixa desprotegida. Imediatamente aumento o volume da TV, mudo de canal, e me abstraio com o jornal ou com aqueles péssimos atores do folhetim global. Encho meus ouvidos com essa baboseira, com as mesmas músicas, os mesmos pensamentos, a mesma voz rouca e desafinada tentando mostrar para um alguém invisível que canta bem.
A presença da TV – e apenas dela – me mostra que a solidão não me recebe mais como uma amiga. Sou uma estranha a ela, e vice-versa também. Acabou-se a inspiração, acabaram-se os abraços amigos e o colo reconfortante. Não posso mais ler o que escrevo – nem posso mais escrever.
A única coisa que posso fazer é ligar a TV e colocar no mudo, esperando que magicamente apareça algo que me traga de volta ao meu mundo.










Por: Laila Silva
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